sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Habemus festa!

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Enfim, chega o momento de realização da esperada festa. Motivo de alegria para muitos e promessas de campanha de todos, a festa volta, mas com certo ar caquético, com toques de revival e recendendo a mofo.

Depois de décadas, está de volta a folia que promete alegria aos desamparados culturais. Hora de esquecer os problemas de ruas escuras, sem calçamento e da falta de água nos rincões da zona rural. Para além do oba-oba geral, alguns questionamentos me veem à mente, como quais motivos levam alguém em sã consciência a enfrentar horas em uma fila para trocar alimentos por uma camiseta de propagandas. Seria para se diferenciar do resto do mundo? Se a festa é popular, porque a necessidade de uniforme? Seria para usar na academia depois de tudo?

O palco da festa é o mesmo de sempre, a avenida ora fantasiada de urbanidade, que passa dias submersa no restante do ano por falta de saneamento, tornada pista de rally por incautos condutores de veículos e estacionamento para desatentos “donos do mundo” em seus bólidos.

Mas afinal, qual a finalidade disso tudo, entreter a plebe, centralizar as atenções na transformação dos espaços urbanos, demonstração de força política ou todas as alternativas? E porque às autoridades e burgos o Olimpo do camarote e à patuléia a planície rasa da rua? A quem não se vê atraído pelas atividades, músicas ruins, resta assistir a tudo resignado, vendo o caótico trânsito de mercado egípcio, a barulheira das motos enlouquecidas, entre outros aspectos não planejados.

Enfim, serão dias esquecíveis em que, se repetido público de outras edições haverá colapso na oferta de alguns produtos e serviços e finalmente uma segunda com cara de quarta-feira de cinzas.

E tenho dito!