Imagem: Disponível em redes sociais. |
Após meses sem postar, resolvi aparecer. Como de praxe, não tenho elogios, deixo-os aos aspones. Me atenho a fatos que a – cof-cof – imprensa local “esquece”, entretidos que estão em merecer suas 30 moedas de prata. Seus tilintares não me agradam. Mas, pelo menos... Eu vou tomar um tacacá...
Ao fato: após anos de promessas, mandatos findos (felizmente) e outros em curso, o principal problema da cidade reapareceu a toda carga: a avenida/rio, formada em pleno centro da cidade. Palco de memoráveis festividades, outras nem tanto, a avenida Petrônio Portela sofre de mal crônico, a falta de zelo. Da população, que a utiliza como pista de corrida, depósito de lixo, estacionamento e também das sucessivas gestões, que vingam prometendo as galerias. Sim, as gloriosas e inatingíveis galerias.
Na data de hoje, memorável 10 de abril, chuva torrencial diluviana atormentou a vida de grande parte da cidade, daqueles que habitam a planície. A chuva torrencial em questão de minutos inundou casas, comércios e o que mais havia em seu curso. Perdas materiais, aborrecimentos, sujeira nas residencias e outros males. Tudo isso parece cena de décadas passadas, mas se repetiu hoje, reativando memórias de promessas não cumpridas. Mas, pelo menos... Eu vou tomar um tacacá...
Temos um cenário de servilismo que se repete pelas ruas e ecoa em locais que na prática, deveriam representar interesses outros, que não os seus. O desejo de agradar é maior que o de servir. Parte da população assiste boquiaberta aos fatos, se reclamam e compartilham iras nas redes sociais e depois... calam miseravelmente, subjugadas por promessas de obras paradisíacas e inatingíveis, mesmo desnecessárias, quando o básico fica relegado ao ostracismo. Mas, pelo menos... Eu vou tomar um tacacá...
Não há mais espaço para tantos “parabéns”, “congratulações”, “a cidade agora é outra”. Chega de palavras ocas. Estas o vento leva. Ação, senhores. Chega de se apequenar em troca de espólios. Criem coragem! Basta! Tudo tem limites e a submissão rasteira, o ato de engolir sapos não deveria ser vossas realidades. Honrem a confiança que lhes foi depositada. Toda ela foi na esperança de que fariam algo melhor que o que tinhamos no passado. A cidade não necessita de pinguins de geladeira, que apenas sugam o erário.
O trecho do hino “Território bendito e ordeiro,
[...]
De homens nobres de povo altaneiro,
De Mulheres formosas, gentis[...] faz menção a pessoas boas, não tolas (espero).
O que já foi realizado pensando em resolver a questão das águas na avenida? Nada. Todos os esforços e recursos se alinham em festividades frívolas, em detrimento de questões primordiais, estas, relegadas ao período eleitoral, como catapulta de mandatos. Mas, pelo menos... Eu vou tomar um tacacá...
E tenho dito!