segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Caminhando e orientando

 

Imagem: Arquivo do Blog.

Teve início o festejo religioso e com ele um antigo problema: o trânsito medieval de Cocal City.

Agora até o dia 8 de setembro, apesar das restrições (??) impostas pela pandemia, haverá grande circulação de veículos no centro e, como de costume, o trânsito fica isolado ao redor das praças. Em uma cidade cujas vielas remontam às trilhas afeitas ao deslocamento de tropas de animais cargueiros, que por si só já é um atraso, ainda se acha por bem fechar ruas ao trânsito, como se precisássemos de mais isto para piorar o trânsito local.

Transito desviado para outras ruas igualmente estreitas, onde a mão única dá lugar ao salve-se quem puder passar primeiro. Junte-se a isso altas velocidades com imprudência, inclua buracos nas ruas, calçadas quebradas e os veículos de propaganda volante fazendo as vezes de trio elétrico. E a solução? Em bom tempo, um semáforo já foi instalado, mas a maioria dos condutores se perguntam se o natal já chegou, pensando tratar-se de decoração natalina.

Diante da expectativa de quadro caótico no trânsito entra em campo o glorioso e revigorado departamento de trânsito para... orientar os motoristas. Sim. A famigerada educação no trânsito, cuja história no município remonta a décadas. Sempre que há emprego de pessoas no trânsito, vem a recorrente educação. Multar é perigoso. Acidentes, nem tanto. Nada de novo no front.

E tenho dito!

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Poder e Servidão

 

Imagem: www.polemicaparaiba.com.br.

Na guerrilha de informações que vivemos, ganha quem agradar mais, de qualquer jeito. O que vale é agradar e faturar. E principalmente: não questionar!

Quando o desejo de agradar é maior que o de servir, temos uma inversão de valores que é um dos grandes fatores que atrasam o crescimento do município. As ideias próprias morrem na subserviência cega e apaixonada daqueles que se apequenam ante a figura centralizadora de um mandatário. Para alguns poucos é mais cômodo deixar de lado as vontades e o livre pensar, para apenas seguir à risca o que lhes é determinado, sem nada questionar.

Quando alguém abre mão de valores para servir a interesses, se esquece das virtudes e passa a ser meramente um capacho a serviço de interesses privados em nome de um projeto particular de poder,

O poder da crítica deveria ser exercido mais amplamente, porém ainda é visto como sinal de revolta, de quem não foi atendido em seus desejos e que está sempre pronto a golpear quem quer que seja. Ouvir a população é – ou deveria ser - importante termômetro da aceitação e percepção da atuação de um governo, democraticamente falando.

Mas, quando a mera expressão de pensamentos é tolhida, por não ser aceitável desagradar chefetes, passamos a ter uma clara ideia da subserviência que nos cerca. Nos querem passar a ideia de viver no paraíso, onde tudo faz parte de um planejamento maior e no final, tudo ficará bem, desde que não importunem com opiniões ou expressem ideias. Nos querem fazer crer que, como em passe de mágica tocada a improvisos, Cocal City será a Nova Dubai.

Acorda, Alice!