quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Final de ano

Imagem:https://bioholics.wordpress.com/2012/09/20/vagalumes/


Ah, a magia do final de ano... natal, um período mágico. Mágico pra quem não se atem ao restante do ano, a quem passa o ano olhando o próprio umbigo e negligenciando o mundo ao redor. Hipocritamente no final do ano resolve ser a pedra filosofal que mudará tudo.

Um ano incrível se finda. Incrivelmente ruim. Mas teve a magia do natal com a esperança de neve e ursos polares. Teve a tal da empatia forçada pra parecer gente da gente, de ver o próximo se dando bem ao receber cestas básicas que devem durar o ano inteiro.

Ano de promessas, muita farofa e pouca carne. Mas isso não se pode falar pra não estragar o clima de magia no ar, mesmo que o futuro pareça passado.

Ano de realizações, de mudanças, expectativas e desilusões, por que não? Mas não devemos nos entregar ao determinismo. Se aproxima a luz no fim do túnel. Só espero que não seja de led, tal qual as instaladas nos postes, que iluminam igual vagalume nas garrafas que usávamos na infância.

E tenho dito!

domingo, 31 de outubro de 2021

Arquitetura e Segurança

Imagem: fotos.habitissimo.com.br/


Há tempo observo a relação entre a mudança na arquitetura de nossas casas e a segurança cada vez mais ausente. Mudança lenta e gradual, porém, incessante. 

Em um passado nem tão distante, as casas contavam com muro baixo, por vezes eram cercas de madeira, sem grades nas janelas ou portões. O tempo passou e o muro baixo foi ficando mais alto. Passou a contar com cacos de vidro, depois peças de aço pontiagudas, logo em seguida vieram as cercas elétricas e hoje, se quiser aumentar a sensação de segurança, acrescente ao muro alto a cerca elétrica e a concertina, sem esquecer das câmeras de segurança. Que lembranças das brincadeiras e conversas à noite nas calçadas, da volta das festas na madrugada, onde o maior perigo era a lembrança das histórias de assombração. Não se cogitava “perder” o relógio, a bicicleta ou aos mais afortunados, a motocicleta.

Nesse meio tempo, que evolução tivemos na segurança ofertada pelo estado que nos suga impostos para supostamente nos proporcionar o bem-estar social? Umas poucas viaturas, o efetivo depauperado que precisa se virar em servir à cidade, ao entorno e a penitenciária local, culpa de promessas falaciosas, que prometem uma visão particular de paraíso e entregam o cenário dantesco que vivemos. Ano que vem as mesmas promessas miraculosas se multiplicam, a solução mágica que vem como em um passe de mágica, abracadabra...

E tenho dito!

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Revendo arquivos, encontrei um texto de 2012 de meu antigo Blog, que poderia ter sido escrito hoje.

Imagem: Arquivo do Blog

O ano é 2232. A nave volta à Terra após viajar pelo espaço por décadas. Seus tripulantes nunca conheceram o planeta, apenas possuíam arquivos repassados pela Estação-Base, mas receberam como missão a tarefa de relatar o progresso havido.

O pouso não foi difícil. A pequena nave não teve dificuldades para aterrissar na área mais apropriada para isso. O grupo, ao descer, procura referencias para se orientar em seu primeiro contato com a terra de seus antepassados. Em uma grande placa, meio enferrujada e caída nos limites do terreno podia-se ler Futuras instalações do Estádio Municipal Pedro P... o resto não estava mais legível, devido à ação do tempo. Rapidamente, alguém lembrou de ter lido em algum lugar informações sobre esta obra importante, onde – dizia-se – os antigos se entregariam à prática de um esporte muito popular à época.

Continuando seu trajeto, desta vez em um veiculo apropriado e munidos de um mapa holográfico, resolvem percorrer uma antiga via que sempre pensaram em conhecer, dadas as informações sobre tudo que já havia ocorrido por lá. De onde estavam vislumbraram a longa avenida e o piloto tem um deja vu. Não pode ser – pensou. Consulta o pequeno computador de dados e vê uma foto do ano de 2015 e a avenida está lá, igualzinha, até mesmo as poças de lama!

- Povo preocupado em conservar sua memória, pensou. Sequer fizeram melhoramentos aqui para não alterar o patrimônio arquitetônico.

Mais à frente os agora exploradores tem dificuldade em seguir adiante, devido a um congestionamento de veículos, causado por um condutor que resolveu parar no meio da via pública para um bate-papo com outro condutor, pelo que notaram, aquilo era rotineiro. Sem perda de tempo, seguem por outra via e assim seguem suas andanças pela cidade. Aqui e acolá podem observar que as pessoas ainda se aglomeram para beber estranhos líquidos e conversar sobre coisas que fogem à compreensão humana, como uns tais realitys shows.

- Deixemos isso pra lá. Não viemos aqui para isso.

Mais à frente, encontram uma construção antiga, talvez a mais antiga que eles tenham visto até então. Inicialmente não compreenderam aquela multidão nas proximidades: bêbados, desocupados, funcionários, trabalhadores em geral, produtos pelo chão e ocupando calçadas, mas depois ficaram sabendo que naquele lugar os nativos se abasteciam de víveres essenciais, como carnes e frutas. Acharam tudo meio desajeitado e não deixaram de reparar na sujeira do local. Possivelmente haveriam pequenos animais e insetos no meio da balbúrdia. Melhor não parar ali. Estranharam o fato de que nos registros oficiais que dispunham nos arquivos, ali deveria ser bem diferente do que era. Inclusive, lembram de ter visto maquete digitalizada onde o espaço era composto por dois andares e uma escada transportava automaticamente as pessoas para cima e para baixo.

Exaustos e totalmente tostados pelo sol abrasador – não viram uma única árvore em toda a andança – o grupo explorador resolve voltar à nave, não sem antes constatar que enquanto esquadrinhavam o local, alguns de seus pertences pessoais desapareceram misteriosamente e eles não entenderam como isso pode ter ocorrido. Melhor não tentar entender mais nada, comentaram entre si. As coisas por aqui continuam como antes.

Sua missão chegou ao fim, pois deveriam registrar as mudanças em relatório, mas diante de tudo que viram, resolvem apenas reafirmar tudo que lá havia registrado. E antes que fossem acidentados por uma multidão enlouquecida que conduzia antigos veículos motorizados de duas rodas, rumaram para a nave e partiram sem olhar para baixo. 

No relatório agendam: próxima visita em 3152. 

terça-feira, 28 de setembro de 2021

A cidade que vejo

Imagens: Arquivo pessoal.


A centenária cidade que hoje festeja mais uma data já viu dias melhores e outros bem piores. Se ainda não é a ideal, já podemos respirar sensíveis ares de mudança, em uma escalada que se espera seja constante.

Os problemas que vivenciamos vêm de longe e permanecem, a exemplo da falta de organização territorial. Ruas, praças e avenidas são feitos como no início do povoamento, estreitas vias para tráfego de animais. Outro nó górdio é o transito, que só piora com o passar dos dias, enquanto se aguarda milagrosamente que a educação resolva, sem restrições aos delinquentes, como a punir quem anda corretamente.

Temos um centro que lentamente ganha forma e brilho e perde memória histórica. Os bairros por sua vez aguardam na fila para também receber praças, iluminação, urbanidade... civilização. A cidade não pode ser resumida a imagens da igreja, praças do centro e cachoeira. Tem vida pulsante nos bairros, na zona rural, igualmente apta a receber incentivos e melhorias.

São 101 anos de avanços e retrocessos. O empreendedorismo da população continua como principal responsável por fomentar o desenvolvimento da cidade. De cidade pequena e pacata a aspirante a polo comercial, administrativo e turístico, onde não se pode mais sentar à porta para conversar sem ser incomodado por aqueles que pedem um trocado para “um lanche”, que se sabe, compram drogas. O banho da beira rio aos finais de semana foi trocado pelas piscinas resplandecentes, que refrescam o ego e ardem os olhos com urina e outras impurezas. O sossego do lazer no final de semana foi substituído pela barulheira do som ensurdecedor e idiotizante dos carros. A modernidade nos deu lâmpadas de led nos postes e assalto nas ruas. Enfim, o progresso.

E tenho dito!

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Luzes, câmeras, flashes...

Imagem: Hubble telescope/Arquivo pessoal.

Foi preciso ficar centenária para que a cidade pudesse ser identificada visualmente, logo à entrada, por letreiro icônico e atrativo como em Monte Lee. E assim se cria a nova identidade visual e point de passatempo fotográfico, exuberante e emproado como a dizer: estou aqui!

Lembro-me bem, como se fosse hoje, das vezes em que viajantes com destino a Esperantina passavam direto e desapercebidos pela cidade, adentrando nas cidades vizinhas, por não saberem se localizar corretamente, por falta de um letreiro como este agora instalado. Quantas vezes encomendas com destino a esta cidade foram perdidas ou levados a outras, por falta desta inestimável benfeitoria que hora nos chega.

Uma cidade de várias crenças, fico imaginando um evangélico ou praticante de outras religiões todo pimpão registrando selfies frente ao letreiro, com a estátua da padroeira ao fundo. Até mesmo os que não abraçam religiões eternizando o proselitismo religioso do estado que seria laico. Adeus anonimato.

E tenho dito!

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

E o 7 de setembro?

Imagem:http://indo-e-vindo.blogspot.com

 

Passado o fulgor do sentimento patriótico, expresso fortemente pela plebe ao colocar uma bandeira na foto do perfil, resolvi interpretar a data e o desfile, visto que não li em lugar algum sequer uma nota de rodapé sobre a data, que não fosse paparicação.

Nos dias que antecederam o evento e mesmo na data a cena era a mesma: Ao longe se ouvia um barulho monótono, modorrento, quase um cortejo fúnebre, daqueles dos filmes da TV. Cadencia sonolenta, compassada e em intervalos quase regulares o som de uma corneta que ao ouvir a primeira vez, pensei que alguém esganava um galo.

As restrições impostas pelas autoridades durante a pandemia impedem aglomerações e o desfile não contou com as escolas e demais participantes usuais, mas o patriotismo passou longe. No máximo, o desfile serviu para registrar selfies para as redes sociais com os modelitos à la paquitas.

Talvez até tenha sido melhor assim, evitou o patriotismo cansado de outros anos, forçado pelos pontos a ganhar pela participação no evento.

E tenho dito!

 

 


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Caminhando e orientando

 

Imagem: Arquivo do Blog.

Teve início o festejo religioso e com ele um antigo problema: o trânsito medieval de Cocal City.

Agora até o dia 8 de setembro, apesar das restrições (??) impostas pela pandemia, haverá grande circulação de veículos no centro e, como de costume, o trânsito fica isolado ao redor das praças. Em uma cidade cujas vielas remontam às trilhas afeitas ao deslocamento de tropas de animais cargueiros, que por si só já é um atraso, ainda se acha por bem fechar ruas ao trânsito, como se precisássemos de mais isto para piorar o trânsito local.

Transito desviado para outras ruas igualmente estreitas, onde a mão única dá lugar ao salve-se quem puder passar primeiro. Junte-se a isso altas velocidades com imprudência, inclua buracos nas ruas, calçadas quebradas e os veículos de propaganda volante fazendo as vezes de trio elétrico. E a solução? Em bom tempo, um semáforo já foi instalado, mas a maioria dos condutores se perguntam se o natal já chegou, pensando tratar-se de decoração natalina.

Diante da expectativa de quadro caótico no trânsito entra em campo o glorioso e revigorado departamento de trânsito para... orientar os motoristas. Sim. A famigerada educação no trânsito, cuja história no município remonta a décadas. Sempre que há emprego de pessoas no trânsito, vem a recorrente educação. Multar é perigoso. Acidentes, nem tanto. Nada de novo no front.

E tenho dito!

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Poder e Servidão

 

Imagem: www.polemicaparaiba.com.br.

Na guerrilha de informações que vivemos, ganha quem agradar mais, de qualquer jeito. O que vale é agradar e faturar. E principalmente: não questionar!

Quando o desejo de agradar é maior que o de servir, temos uma inversão de valores que é um dos grandes fatores que atrasam o crescimento do município. As ideias próprias morrem na subserviência cega e apaixonada daqueles que se apequenam ante a figura centralizadora de um mandatário. Para alguns poucos é mais cômodo deixar de lado as vontades e o livre pensar, para apenas seguir à risca o que lhes é determinado, sem nada questionar.

Quando alguém abre mão de valores para servir a interesses, se esquece das virtudes e passa a ser meramente um capacho a serviço de interesses privados em nome de um projeto particular de poder,

O poder da crítica deveria ser exercido mais amplamente, porém ainda é visto como sinal de revolta, de quem não foi atendido em seus desejos e que está sempre pronto a golpear quem quer que seja. Ouvir a população é – ou deveria ser - importante termômetro da aceitação e percepção da atuação de um governo, democraticamente falando.

Mas, quando a mera expressão de pensamentos é tolhida, por não ser aceitável desagradar chefetes, passamos a ter uma clara ideia da subserviência que nos cerca. Nos querem passar a ideia de viver no paraíso, onde tudo faz parte de um planejamento maior e no final, tudo ficará bem, desde que não importunem com opiniões ou expressem ideias. Nos querem fazer crer que, como em passe de mágica tocada a improvisos, Cocal City será a Nova Dubai.

Acorda, Alice!

terça-feira, 27 de julho de 2021

Ecos urbanos

A cidade retorna às atividades comerciais após as restrições do ano passado. Tudo bem, se não fosse a chatice infernal do barulho dos veículos de propaganda volante, que infestam a cidade. Qualquer um que queira emprestar “um tostão da sua voz” se acha no direito de importunar os outros. Para isso não é preciso mais que uma caixa de som, que pode ser fixada em carros, motos, reboques, no próprio som automotivo...

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Imagem: https://afolhatorres.com.br/

Alheios aos direitos de outros, estes veículos se lançam em suas labutas nos mais diversos dias e horários. Das 6:30 da manhã já é possível ser incomodado por propagandas malfeitas, descabidas e insignificantes, além de ilegais, como aos domingos. Existe legislação própria sobre o tema, regulando horários das propagandas volantes, registrando os veículos e determinando vários aspectos desse tormento, como o volume utilizado, que não precisa incomodar meia cidade, se vai atazanar as pessoas rua a rua.

Ao largo de tudo, se percebe que não há regramento mínimo que seja e ninguém a cobrar a regularidade nesta prestação de serviços. Há secretarias que poderiam agir neste sentido, pois figuram entres suas atribuições a fiscalização de tal classe profissional. Ou a lei do silêncio vale apenas para as eleições? Impostos também são anistiados pela total ausência de fiscalização, restando à população apenas o incomodo de ser aviltado por propagandas malfeitas, com a ridícula interação entre locutor e população, levando um espetáculo de horrores às ruas da cidade.

E tenho dito!


segunda-feira, 31 de maio de 2021

A cidade sem pedestres

Imagem: Arquivo pessoal.


A centenária cidade, originada de curral de gado e afeita à circulação por veredas e em filas indianas, ainda nos dias de hoje demonstra tais aptidões, sem que algo de produtivo e relevante seja feito na tentativa de reverter a situação, estética e urbanisticamente falando.

Um passeio pelas ruas e se vê que ainda agora as vias não foram pensadas para os pedestres, pois por falta de visão urbanística, as ruas são estreitas, assim como a maioria das calçadas. Aqui e ali uma calçada atulhada de mercadorias dos comércios, outras tomadas por motos cujos proprietários se assenhoram de qualquer espaço que desejem, outros locais a vegetação, lama ou pedras inviabilizam o seu uso por pedestres. Até mesmo a ponte reformada não encoraja a uma caminhada.

E não se trata de locais ermos, nas mais remotas localidades. Tudo acontece no centro da cidade e, por extensão, nos bairros esquecidos por 3 anos. A olhos vistos a cidade padece de maiores cuidados que o meio-fio pintado de branco.

E tenho dito!

segunda-feira, 17 de maio de 2021

E chegou ao fim a pandemia que assombrou o mundo...

Bom... ao menos aqui, na terra das oportunidades, que tem os braços abertos pra selfie oficial.

Semana passada um evento realizado no afluente do rio que serve de avenida, no centro da cidade chamou a atenção (!!) da população. Centenas de pessoas aglomeradas em torno de uma festa improvisada no meio da via, devidamente autorizada e solenemente ignorada por parte da fiscalização.

Imagem: Autoria desconhecida.

Após repercussão nas redes sociais (como sempre) e na TV, passou-se a cobrar responsabilidades e quem tinha, tratou de se esquivar. O fato é que este não foi o primeiro evento e nem o último. A diferença é que desta vez não foi às escondidas e sim no, como diz o - cof-cof - imparcial “no principal centro da cidade”, às escâncaras. Licença para funcionar? Teve. Fiscalização pelo fiel cumprimento das normas sanitárias? Ããã... sabe como é: fim de semana, cidade grande e equipe pequena...

E assim caminha a humanidade. Quando há crescimento nos casos de covid na cidade é praxe, usual e legal culpar o governo fascista que não compra vacinas, etc, etc e etc. Cumprir regras é servir aos interesses de ditadores.

E quanto ao resto da população que se resguarda de participação em tais eventos e outras aglomerações? Servem apenas para criar reservas de saúde para que foliões gastem em mais eventos a exemplo deste que “assombrou” a cidade? O que torna estes bon vivants inimputáveis? Quais restrições haverá ou que providências serão tomadas para que tal fato não se repita? Ou devemos simplesmente continuar a pedir orações pelos enfermos multiplicados pelas aglomerações?

E tenho dito!

domingo, 21 de fevereiro de 2021

A cidade e o globo da morte

Imagem: acessocultural.com.br

Vivemos na cidade uma espécie de grande globo da morte, daqueles vistos em circos, onde uma ou várias motos dão voltas no globo e uma pessoa se arrisca em pé no meio. Neste caso se trata de uma triste realidade que mandatários insistem em não ver, em um claro aviso que essa conjuntura não vai acabar.

Em nossa realidade, o globo simboliza a cidade, os motoqueiros são os próprios e o desafiante no meio do globo vendo o frenético trânsito ao seu redor é o cidadão que se arrisca pelas ruas, um tanto ensimesmado, assistido por outros “com cara veado que viu de caxinguelê”.

Diferentemente do circo temos apenas o fato de que não somos pagos para participar desta perigosa demonstração. Vivemos diariamente os mesmos perigos pelas ruas da cidade, seja no centro ou nos bairros mais distantes. O risco é o mesmo. A libertinagem no trânsito dá aos seus personagens o livre arbítrio de andar como bem quer, parar como e onde quiser, sem nada nem ninguém para impedir.

Vivemos presos a esse globo, cercados por enfurecidos motoqueiros em seus bólidos e a plateia neste caso são as autoridades, algumas estupefatas diante dos fatos, outras inertes e ainda terceiros sem poder de reação, ante o pouco efetivo e apoio às suas ações.

E tenho dito!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

O novo repetitivo

 

Imagem: Arquivo do Blog.


E finalmente o ano acabou e com ele mais uma administração esquecível, que passará à história por ter doado a escola mais antiga do município a outro poder sem pestanejar e, diga-se de passagem, com todo o devido respaldo de quem deveria zelar pela cidade, bem aos olhos estupefatos da população, que assistiu a tudo calada como sempre.

Resumindo a gestão: no começo foi meio ruim, no meio parecia que estava no começo, já no final parecia que estava no meio. Mais uma que entrou no hall da fama por não satisfazer aos anseios da população, ao menos, não da maioria sem laços ideológicos de amizade.

E agora mais um ano que inicia e com ele nova gestão, que aguarda para escrever na centenária história do município o seu nome, que se espera, tenha melhor desfecho, apesar de já se mostrar simbiótica.