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Assistimos a novo modismo no
processo político municipal, a interpelação judicial, por ofensa. Ao se lançar
em vida púbica, todos sabem – ou deveriam saber – que suas vidas se
transformam, já não há mais o cidadão privado mas o público e que suas ações ou
omissões o acompanharão ao longo de toda sua trajetória, politicamente falando.
A última é com relação as tais
fake News, mentiras virtuais. Candidatos se acham ofendidos, acionam a justiça
para descobrir quem, anonimamente, cometeu a blasfêmia de ofender tão probos
cidadãos. Só discordo quanto ao anonimato para se tecer críticas a algo ou
alguém, mas acredito ser um tormento se comprovar em meios legais o que se está
denunciando em redes sociais, as tais provas aceitáveis.
O humor político, seja sob forma
de charges, vídeos com montagens ou algo que o valha são as formas que o cidadão
“comum” encontra para revidar o tratamento mesquinho dispensado pela classe
política no cotidiano.
Ofensivo é passar pelas ruas
esburacadas, cheias de lama e mal iluminadas. Ofensivo é conviver com
alagamentos tão certos no calendário quanto o natal. Ofensivo é ter que agir
por conta própria ou com apoio de amigos para resolver problemas que deveriam
ser de responsabilidade dos eleitos. Enfim, ofensivo é passar 4 anos aguardando
ações que só chegam aos 40 do segundo tempo.
E tenho dito!
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