A discussão em torno da
desocupação da praça é um caso típico do descaso da população em geral com a
política. A população participa como nunca e é ouvida como sempre.
No ano de 2017 foi aprovado o
projeto de lei que doava um imóvel, a primeira escola do município ao poder
judiciário para que lá fosse construído o novo fórum da cidade, tudo como manda
a lei. Apesar de se tratar de imóvel histórico, de grande importância na
história do município, a lei foi aprovada sem maiores embaraços, a olhos
vistos. Um município que mensalmente passa o pires nas mesas do governo, se
desfez de um imóvel que muito bem poderia ser sede de secretarias minúsculas,
que atualmente funcionam em imóveis alugados.
A despeito de convites à população
para que comparecessem à sessão da câmara para mostrar sua voz e interesse na
manutenção do imóvel no patrimônio do município, esta se mostrou indignada
somente nas redes sociais, como sempre. De longe, todos têm coragem.
Passados os anos desde então, eis
que o novo prédio fica pronto e, como sempre falei a quem quis ouvir, a justiça
sugere a retirada dos trailer’s que invadiram parte considerável da praça. Ninguém
quis ouvir. Agora com a ordem de retirada, vem uns poucos se dizendo indignados
com a ordem. À época em que tudo poderia ser evitado, se esconderam e agora,
tardiamente, querem ser ouvidos. Os doadores, encolhidos esperando o esquecimento do caso.
Sempre me pareceu um retrocesso a
presença das barracas na praça, que retirava o pouco de beleza que tem, obstruía
a visão da praça e desobedecia ao código de posturas. Sim, aqui existe um!
E diria mais: durante os festejos
religiosos, que ninguém espere mais ter barracas nas proximidades. O silêncio obsequioso
da população agora mostra seu peso e consequências. Continuem ovelhas
silenciosas. Daqui há cem anos tem outro centenário.
E tenho dito!
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