sexta-feira, 31 de julho de 2020

A pandemia e o comércio local

Imagem: https://forumimobiliario.com.br/


Com todas as restrições impostas à circulação de pessoas pelas ruas, o famoso Fique em Casa, as compras inevitáveis ficariam disponíveis pela internet e, como aqui não há lojas com páginas na rede, se recomendava as compras por redes sociais, uma em especial, por ser mais popular.

Como os fretes nacionais subiram extraordinariamente, ficamos com a opção das lojas locais, que teriam se adaptado à nova realidade e tentavam se livrar da choradeira das vendas fracas e outros chiliques. Tudo bem.

A realidade se mostrou diferente, tentei por inúmeras vezes comprar suprimentos de informática, mas fisicamente as lojas estavam fechadas. Ok. Passei às redes sociais, entrava em contato, aguardava respostas e nada. Alguns ainda se dignavam em responder dias depois, outros, sequer tinham esse trabalho. Com alguns burlando as restrições, se conseguia contato pessoalmente, mas o péssimo atendimento nos dá a certeza de que é melhor pagar um frete estratosférico, a ficar à míngua, mendigando atenção em uma loja para comprar. Outros setores também não se adaptaram às mudanças, com raras exceções, mas, por sorte, o comércio reabriu. Mas ficou a lição: os comerciantes locais precisam melhorar muito para ficarem ruins.

E tenho dito!

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Sobre descaso e silêncio


Imagem: Genilson Castro/Arquivo do Blog.

A discussão em torno da desocupação da praça é um caso típico do descaso da população em geral com a política. A população participa como nunca e é ouvida como sempre.

No ano de 2017 foi aprovado o projeto de lei que doava um imóvel, a primeira escola do município ao poder judiciário para que lá fosse construído o novo fórum da cidade, tudo como manda a lei. Apesar de se tratar de imóvel histórico, de grande importância na história do município, a lei foi aprovada sem maiores embaraços, a olhos vistos. Um município que mensalmente passa o pires nas mesas do governo, se desfez de um imóvel que muito bem poderia ser sede de secretarias minúsculas, que atualmente funcionam em imóveis alugados.

A despeito de convites à população para que comparecessem à sessão da câmara para mostrar sua voz e interesse na manutenção do imóvel no patrimônio do município, esta se mostrou indignada somente nas redes sociais, como sempre. De longe, todos têm coragem.

Passados os anos desde então, eis que o novo prédio fica pronto e, como sempre falei a quem quis ouvir, a justiça sugere a retirada dos trailer’s que invadiram parte considerável da praça. Ninguém quis ouvir. Agora com a ordem de retirada, vem uns poucos se dizendo indignados com a ordem. À época em que tudo poderia ser evitado, se esconderam e agora, tardiamente, querem ser ouvidos. Os doadores, encolhidos esperando o esquecimento do caso.

Sempre me pareceu um retrocesso a presença das barracas na praça, que retirava o pouco de beleza que tem, obstruía a visão da praça e desobedecia ao código de posturas. Sim, aqui existe um!

E diria mais: durante os festejos religiosos, que ninguém espere mais ter barracas nas proximidades. O silêncio obsequioso da população agora mostra seu peso e consequências. Continuem ovelhas silenciosas. Daqui há cem anos tem outro centenário.

E tenho dito!