segunda-feira, 31 de agosto de 2020

A cidade dividida

 

Imagem: Genilson Castro/Arquivo do Blog.

A cena é inusitada. A cidade, que sempre almejou título de importância na região, de repente, se tornou alvo de disputa de quem faz mais, ou quem atrapalha mais pela simpatia dos elei...digo, cidadãos.

Assistimos diariamente nas mídias sociais a disputa “pra mostrar trabalho”, que dividiu a cidade e as obras nela feitas em obras do deputado e obras da prefeitura. Um faz e o outro também. Só faltou combinar o que fazer. Nesta disputa sobra asfalto e falta o essencial, como o saneamento que seria básico.

Estamos em pleno período da seca, que seria propício para a realização de obras importantes como as galerias da avenida Petrônio Portela. Obra de grande porte, porem invisível aos olhos dos eleitores depois de pronta, deveria ser a prioridade dos digladiadores, obra que mudaria um triste cenário anual, amplamente divulgado nas redes sociais e imprensa. Uma vergonha sem igual.

Enquanto os contendores se esforçam em assumir a paternidade de obras, o cidadão assiste abismado e se pergunta se os dois lados não deveriam lutar pela cidade por inteiro e não a dividir para conquistar aos poucos, por áreas específicas.

Não demora e o inverno chega, com suas chuvas intensas, avenida novamente alagada e as novas ruas asfaltadas sem ligação umas com as outras, pois são “filhas de pais separados”.

E tenho dito!

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