Imagem: http://julirossi.blogspot.com/ |
Depois de passado o tumulto do período
eleitoral me vem à mente o resultado das urnas e o impacto no cotidiano do cidadão
local.
Excetuando-se aqueles diretamente
ligados à política e os que vivem dela, de alguma forma, o restante da população
reagiu como sempre: uma convulsão de alegrias pela mudança ou tristeza pela derrota
sofrida, porém, na média, o cidadão que vive do próprio suor não se mostra
muito afetado pela política, quem quer que sejam os eleitos.
Se para alguns a súbita mudança impacta
nos contracheques, para a maioria da população esta foi apenas mais uma etapa
da vida. Para estes, pouco importa se no governo vindouro a cidade será
transformada ou se permanece atolada na mesmice, nas discussões de trânsito,
nas buraqueiras ou falta de obras. Parcela significativa da sociedade
permanecerá na letargia, aceitando a tudo sem questionar. No máximo, umas
palavras de revolta nas redes sociais ou no rádio resolvem para estes incautos cidadãos,
em alguns casos prevalece a nova máxima: se num prestar, nóis tira!
Indiferentes aos atos políticos,
por desilusão ou desinteresse, esses cidadãos são literalmente abarcados pela
frase de Platão: “não há nada de errado com aqueles que não gostam de política.
Simplesmente serão governados por aqueles que gostam”. E os que gostam, o fazem
por algo que foge ao interesse público, na maioria das vezes. Uma rápida olhada
nos resultados da última eleição e se verá que, de novo, só temos nomes. O desinteresse
pela política gera péssimos eleitores e a tática do imediatismo, de se
aproveitar apenas de benesses no período eleitoral causa efeitos futuros
incomensuráveis. A falta de acompanhamento dos atos políticos é fundamental
para permanecermos no atraso cultural, estrutural e tantas outras áreas da vida
em sociedade.
E tenho dito!
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