Ano do centenário da cidade... nada de comemorações, inaugurações, enfim, nada
de nada. Mas eis que no final do ano, já aos 45 do segundo tempo uma cena parece
evocar o passado, como a nos lembrar do triste centenário: o famoso e
onipresente meio fio pintado de branco!
Não há cena que mais caracterize a
realidade do tristonho centenário que esta. Nem os incríveis urubus domesticados
das ruas, nem a buraqueira da avenida ou a escuridão da noite. Eles, os
meios-fios espetacularmente pintados de branco perpetuaram-se e viraram tradição
nos períodos de festejos ou visitas de autoridades. A única alteração se deu
pela falta de pintura nas árvores das praças, quando seus caules eram lindamente
pintados, para gáudio da população inerte.
Afora isso e a pandemia, o ano do
centenário se foi, sem deixar boas lembranças. O teatro em ruinas, o David Caldas
dado de presente, a quadra do centro abandonada, o patrimônio histórico
dilapidado, enfim... um desastre. Que o próximo centenário seja prolífico em melhorias e digno de registro.
E o Fim, quem diria, não veio com uma pá, mas com um pincel de cal!
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