sábado, 29 de fevereiro de 2020

A ilha da Fantasia

Imagem: https://www.papeiseparede.com.br



O tempo passa, o tempo voa e a ilha da fantasia continua numa boa.

Apesar da realidade impactante do descaso no município, o que mais se vê na – cof-cof – imprensa local é a venda de imagem de um lugar que dá certo, terra de oportunidades. O que se vende é a imagem de uma ilha da fantasia aos cegos ideológicos e aos mercenários que se locupletam aproveitando desta situação.

O território bendito e ordeiro, aquele do hino, se mostra um lugar de acomodados e extasiados. Os primeiros, com a situação retrógrada recorrente; quanto aos outros, estes se acotovelam para um lugar ao sol ao lado de quem acumulou meios, a tal estrutura, para se destacar como alpinista social, almejando o poder e suas benesses, a título de salvador da pátria.

A um observador mais atento se apresenta um choque de realidade entre o que lê/escuta e o que se presencia pelas ruelas escuras, enlameadas, esburacas e muitas, agora asfaltadas.

É risível acompanhar a autoimagem administrativa passada e documentada do dever cumprido que se instalou nestas paragens, dando ciência a todos que se contentam apenas em absorver informações apresentadas. Como assim, tudo caminhando certo para o novo espetáculo do crescimento que virá, desde que se prolongue o agonizante mandato?

Se continuar é ruim, mudar seria péssimo? Que magia fará um neo-mandatário para resolver a caótica situação local, quando se ver “engessado” pelos inúmeros e absurdos acordos a que se submeterá para conseguir lograr êxito na campanha?

A luz no fim do túnel é apenas o trem voltando, carregado de promessas.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

O carnaval e os bobos da corte

Imagem disponível em http://www.tribunadainternet.com.br/


A cidade encantada, onde tudo corre às mil maravilhas foi presenteada com uma imponente festa de carnaval. Serão 2 dias de folia na avenida-rio. Atrações espetaculosas, trânsito enlouquecido, mentes entorpecidas, lascívia, dedinhos pra cima e as músicas de sempre, como sempre.

Na cidade estagnada, o uso de verbas públicas para financiar um sonho pessoal parece ludibriar muitos adeptos. Dinheiro que seria melhor empregado em iluminação pública, reforma de praças ou mesmo melhorar a infraestrutura na cachoeira do urubu, servirá apenas para o deleite do momesco, em uma clara amostra do que virá, no caso do delírio conquistar mais adeptos.

A cidade que padece com a falta de segurança, limpeza das vias públicas, de praças, atendimento básico de saúde, educação no trânsito e uma miríade de problemas, será palco de 2 dias de festa descabida, passarela para inflar egos. O local não poderia ser mais simbólico: a avenida submersa, que atrai atenção de candidatos a cada 4 anos, que é um símbolo maior do descaso e despreparo de sucessivas administrações que não resolvem o problema.

As mentes por trás da dionisíaca festa parecem seguir à risca o provérbio oriental: “Se o problema não tem solução, não esquente a cabeça, porque não tem solução.Esqueçam os problemas e caiam na folia, afinal, quem não gosta de samba...

E tenho dito!