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O tempo passa, o tempo voa e a ilha da fantasia continua
numa boa.
Apesar da
realidade impactante do descaso no município, o que mais se vê na – cof-cof –
imprensa local é a venda de imagem de um lugar que dá certo, terra de
oportunidades. O que se vende é a imagem de uma ilha da fantasia aos cegos ideológicos
e aos mercenários que se locupletam aproveitando desta situação.
O território bendito
e ordeiro, aquele do hino, se mostra um lugar de acomodados e extasiados. Os primeiros,
com a situação retrógrada recorrente; quanto aos outros, estes se acotovelam
para um lugar ao sol ao lado de quem acumulou meios, a tal estrutura, para se
destacar como alpinista social, almejando o poder e suas benesses, a título de
salvador da pátria.
A um
observador mais atento se apresenta um choque de realidade entre o que
lê/escuta e o que se presencia pelas ruelas escuras, enlameadas, esburacas e
muitas, agora asfaltadas.
É risível acompanhar
a autoimagem administrativa passada e documentada do dever cumprido que se
instalou nestas paragens, dando ciência a todos que se contentam apenas em absorver
informações apresentadas. Como assim, tudo caminhando certo para o novo
espetáculo do crescimento que virá, desde que se prolongue o agonizante
mandato?
Se continuar é
ruim, mudar seria péssimo? Que magia fará um neo-mandatário para resolver a
caótica situação local, quando se ver “engessado” pelos inúmeros e absurdos
acordos a que se submeterá para conseguir lograr êxito na campanha?
A luz no fim
do túnel é apenas o trem voltando, carregado de promessas.