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Se erguer nova cidade sobre os escombros da antiga é preocupante. Nesta de modernidade, a cidade já perdeu a mais antiga escola, que poderia no mínimo ser convertida em centro administrativo ou algo que o valha. Entre todas as opções, escolheram a pior e o prédio foi demolido dando lugar à sede de outro poder. Tudo isso sob o olhar complacente da população manietada e ensimesmada.
Assistimos à tentativa de reescrever a história com as próprias e novas tintas, no melhor estilo “daqui pra frente”, ao largo de qualquer pensamento contrário. E o que diz o conselho do patrimônio histórico? Temos isso? Existe preocupação em reter no tempo algo que remonte ao passado da cidade? Não somos inaugurais. A sociedade moderna só chegou ao atual nível de conhecimento por alicerçar suas ações baseadas no passado. O passado de uma cidade, suas memórias afetivas são coisas que não se consegue manter apenas em “uma sala” para contar à descendência como era vida de outrora. Que referência temos? É preciso apagar o passado construído a duras penas para dar lugar à modernidade efêmera em seus desejos? Segundo o IBGE, a cidade tem área territorial de mais de 908,748 km2 e se quer modernizar justamente sobre escombros da história ainda resistente.
O que resta de património histórico no município, que ajude a posteridade a conhecer seu passado? A memória de um entrevero entre nativos e ciganos? O futuro, o almejado futuro, nada mais é que uma projeção de nossas expectativas, lastreadas em experiências passadas.
E tenho dito! Tic-Tac.